Decisão do ministro Alexandre de Moraes atinge Eduardo Tagliaferro, denunciado pela PGR por crimes relacionados a atos antidemocráticos.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio de contas bancárias, cartões de crédito, chaves Pix e investimentos do ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro, acusado de vazar informações sigilosas da Corte. A decisão, confirmada à ISTOÉ por fontes do STF e de instituições bancárias, inclui também o bloqueio de uma vaquinha de arrecadação criada por Tagliaferro para se manter na Itália, país para o qual ele se mudou. Até o momento, a vaquinha havia recebido 71 doações, totalizando US$ 1,5 mil.
Tagliaferro é investigado por vazar conversas privadas do ministro Moraes com assessores da Corte e por atuar para prejudicar as investigações sobre atos antidemocráticos. Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-assessor por crimes de violação de sigilo funcional, obstrução de investigação, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo.
Na decisão proferida no domingo (24), Moraes estipulou que o bloqueio das contas, cartões e investimentos fosse cumprido em até 24 horas, reforçando o caráter urgente da medida. O bloqueio das remessas e transferências da vaquinha também foi determinado como forma de impedir que o acusado se beneficie de recursos enquanto responde às investigações.
