
Deputada seguirá detida na penitenciária de Rebibbia enquanto aguarda avaliação médica e decisão sobre extradição
O Tribunal de Apelações de Roma decidiu nesta quarta-feira (13) que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) permanecerá presa na penitenciária feminina de Rebibbia, na capital italiana. A defesa da parlamentar solicitou uma avaliação médica, marcada para 22 de agosto, alegando que ela sofre da síndrome de Ehlers-Danlos, doença que afeta músculos e articulações. Uma nova audiência está prevista para 27 de agosto, quando será analisado se Zambelli responderá ao processo de extradição detida ou em liberdade com tornozeleira eletrônica.
Zambelli foi presa em 29 de julho, após dois meses foragida, e cumpre pena imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de dez anos de prisão por coordenar um ataque hacker contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O crime, executado por Walter Delgatti, teria sido encomendado pela deputada. Ao optar por enfrentar o processo de extradição na Itália, ela prolonga o retorno ao Brasil, que pode levar até dois anos.
Além do caso do ataque hacker, Zambelli responde no STF por perseguição armada durante as eleições de 2022 e enfrenta um processo de cassação de mandato na Câmara dos Deputados. A fase de instrução probatória, que inclui sua oitiva por videoconferência, já foi iniciada, mas ainda não há data para votação do parecer.