
Governador de Goiás e pré-candidato à Presidência em 2026 acusa Legislativo de omissão, chama Lula de “irresponsável” e diz que medida tarifária agrava crise econômica nos estados
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), voltou a elevar o tom contra o Congresso Nacional e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após reunião de governadores em Brasília. Pré-candidato à Presidência da República em 2026, ele acusou o Legislativo de omissão diante da crise econômica que afeta o setor produtivo brasileiro e criticou duramente a postura do chefe do Executivo federal.
Segundo Caiado, que foi parlamentar por 24 anos, o Congresso “demonstra covardia” ao não enfrentar a pauta econômica e lembrou que cabe à maioria pautar votações. “Eu conheço a pauta do Congresso e o Regimento Interno. Quem pauta é a maioria. Se há maioria para pautar, os presidentes das Casas têm que cumprir e colocar em votação. Isso é democracia”, afirmou.
O governador também atacou Lula, a quem chamou de “irresponsável”, por não negociar diretamente com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para rever a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. De acordo com ele, a medida agrava a crise e já afeta estados como Goiás, onde a queda nas importações preocupa o setor produtivo. “Lula demonstra insensatez. Em vez de se preocupar com a economia, empregos e investimentos internacionais, ele antecipa o processo eleitoral. Isso causa indignação nos governadores. Não fomos consultados sobre o ‘tarifaço’, mas somos penalizados”, disse.
Caiado ainda prometeu, caso eleito, anistiar todos os presos pelos atos de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Se eleito presidente, meu primeiro ato será anistiar todos os presos do 8 de janeiro, sem devido processo legal. Essa é uma prerrogativa do presidente, e farei uso dela”, declarou.
Por fim, cobrou coragem e independência do Congresso para enfrentar a crise e agir conforme a vontade da maioria. “Não queremos conviver com quem acha que pode fechar o Brasil e penalizar o setor produtivo. Isso é inadmissível”, concluiu.