
Vice-presidente afirma que prioridade é ampliar setores livres das tarifas impostas por Donald Trump e anuncia que Lula apresentará medidas de apoio na próxima semana
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado (9) que a prioridade do governo federal é ampliar o número de setores que ficarão de fora do “tarifaço” imposto pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e não retaliar o país norte-americano.
Durante evento em Guaratinguetá (SP), Alckmin defendeu que a solução passe pelo diálogo. “A prioridade não é retaliar, é resolver. Procurar ampliar o número de setores que sejam excluídos, que fiquem fora dessas tarifas, que entendemos extremamente injustas”, disse.
O vice-presidente também confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar, na próxima semana, um pacote de medidas mitigatórias para apoiar empresas brasileiras exportadoras atingidas pelo aumento das tarifas. “Quais empresas? Aquelas que exportam mais para os Estados Unidos e que foram afetadas”, destacou.
IPI zero aquece mercado automotivo
Alckmin comemorou ainda o crescimento de 15,7% nas vendas de veículos após a decisão do governo federal, no mês passado, de zerar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros sustentáveis.
Segundo ele, a medida gera um efeito positivo em cadeia: “Isso significa a indústria produzindo mais, crescendo a indústria automotiva, que tem uma cadeia produtiva longa, as concessionárias vendendo mais, um ciclo positivo. O IPI zero ajuda a população a comprar um carro com desconto, mais barato”, completou.