Aquisição do Banco Master pelo BRB avança rumo à aprovação final

Aquisição de 58% do Banco Master pelo BRB avança e pode ser aprovada em breve pelo Banco Central. Cade já aprovou operação de R$ 2 bilhões.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília.

 

Com parecer positivo do Cade e entraves judiciais superados, operação de R$ 2 bilhões aguarda aprovação do Banco Central para ser concluída.

A aquisição de 58% do capital do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) está prestes a ser concretizada, coroando um processo minucioso de avaliação iniciado em março. A operação, que promete movimentar R$ 2 bilhões, é vista por analistas como um passo estratégico para fortalecer o sistema financeiro nacional e ampliar a competitividade no setor bancário.

Nesta segunda-feira (28), o BRB e o Banco Master entregaram ao Banco Central (BC) um extenso conjunto documental — 15 páginas e quase 20 anexos — com respostas detalhadas a todos os 21 pontos solicitados pela autoridade monetária. Fontes próximas ao processo indicam que esta etapa representa o último passo antes da decisão final do BC, cuja aprovação é aguardada com otimismo.

Durante os meses de avaliação, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, conduziu reuniões com o empresário Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, e com o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, garantindo a transparência e a solidez do processo. De acordo com técnicos envolvidos, não há inconsistências na carteira de crédito das instituições, o que reforça a expectativa de um desfecho positivo.

A operação prevê que o BRB adquira 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master. Em 2024, o Master reportou um lucro líquido de R$ 1,068 bilhão, o dobro do ano anterior, demonstrando vigor financeiro e atratividade para o mercado.

Aprovação no Cade e avanço na Justiça

O negócio já recebeu sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no dia 17 de junho, sem quaisquer restrições. No âmbito judicial, a iniciativa também superou obstáculos: o desembargador João Egmont, do TJDFT, revogou liminar que barrava a transação, afirmando que se trata de aquisição parcial de ações, e não de controle societário integral.

Com os entraves legais superados e toda a documentação exigida entregue, a expectativa é de que o Banco Central conclua a análise nos próximos dias. O mercado acompanha com atenção e entusiasmo um desfecho que pode marcar um novo capítulo na atuação do BRB no cenário financeiro nacional.