Ações da Secretaria de Estado de Saúde buscam ampliar o acesso ao diagnóstico e à imunização entre grupos vulneráveis, com foco na prevenção e combate às hepatites A, B, C e D
A Gerência Estadual de Hepatites Virais (GEHV), da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), realiza nesta quinta-feira (17) ações de testagem e vacinação no quilombo Boa Esperança, em Areal, na Região Serrana. A iniciativa integra a campanha Julho Amarelo, voltada à conscientização, prevenção e combate às hepatites virais. A próxima ação acontecerá no dia 22, na aldeia indígena Guarani, em Maricá.
A campanha tem como objetivo alertar a população sobre os riscos das hepatites A, B, C e D, que podem evoluir silenciosamente e levar a quadros graves, como cirrose hepática. Segundo a secretária estadual de Saúde, Claudia Mello, “embora o cuidado deva ser constante, o Julho Amarelo é um alerta importante. Neste ano, decidimos intensificar as ações entre os grupos mais vulneráveis”.
A gerente estadual de hepatites virais, Clarice Gdalevici, reforça a importância da testagem. “Quem nunca fez o teste rápido para hepatite B e C deve procurar uma unidade de saúde. Se o resultado for negativo, é fundamental iniciar a vacinação. A hepatite C tem tratamento com eficácia de 95%”, afirmou.
A campanha começou nas aldeias Sapukai e Paraty-Mirim, em Angra dos Reis e Paraty, e tem alcance estadual. A SES-RJ distribuiu 50.925 testes rápidos para hepatite B, 60.375 para hepatite C e 86.750 doses de vacina aos 92 municípios do estado.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente diagnóstico e tratamento para todas as formas da doença. A hepatite A, por exemplo, é transmitida por alimentos contaminados, enquanto as B e C também podem ser adquiridas por relações sexuais desprotegidas ou procedimentos invasivos. Entre os sintomas mais comuns estão febre, cansaço, enjoo, urina escura, dor abdominal e icterícia.
A SES-RJ destaca que, embora a vacinação dependa da procura espontânea da população, a meta é ampliar o acesso à imunização e garantir o diagnóstico precoce como forma eficaz de controle e enfrentamento das hepatites virais.
