
Comissão mista foi criada após pressão da oposição e pode apurar irregularidades desde 2016; prejuízo pode chegar a R$ 8 bilhões
O presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), autorizou a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar fraudes com descontos indevidos no INSS. A estimativa da Polícia Federal é de um prejuízo de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024 — podendo chegar a quase R$ 8 bilhões se considerados dados anteriores.
O pedido foi liderado pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), com apoio expressivo de 226 deputados e 36 senadores. A base do governo Lula tenta agora ocupar postos de comando, com Omar Aziz (PSD-AM) cotado para a presidência.
A fraude, revelada pela Operação Sem Desconto, envolve cobranças não autorizadas de beneficiários do INSS. Documentos mostram que órgãos de controle, como o TCU, CGU e Ministério Público, já haviam alertado o governo federal antes da operação da PF.
A CPMI terá 30 membros (15 deputados e 15 senadores) e deve funcionar por 180 dias, com custo estimado em R$ 200 mil.