Ministro Alexandre de Moraes nega adiamento, e encontro marcado para terça (24) deve expor divergências sobre plano golpista
O Supremo Tribunal Federal será palco, nesta terça-feira (24), de uma acareação tensa entre Walter Braga Netto e Mauro Cid, dois dos principais nomes investigados por participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, que negou o pedido de adiamento feito pela defesa de Braga Netto, preso preventivamente desde dezembro de 2024. Ambos são réus por cinco crimes, podendo pegar até 43 anos de prisão.
Entre os pontos centrais da acareação estão a “reunião do Punhal Verde e Amarelo”, onde, segundo Cid, foram discutidos planos extremistas, e a entrega de dinheiro em uma sacola de vinho para financiar os acampamentos golpistas.
Delator premiado, Cid apresentou provas que sustentaram a abertura de investigações e mandados judiciais. Já Braga Netto nega qualquer participação ativa, mesmo com os indícios acumulados.
O confronto presencial pode marcar a ruptura definitiva da lealdade no núcleo militar bolsonarista, expondo fissuras e contradições que podem mudar os rumos do caso no STF.
