
Hospital de Base do DF mostra que, com tratamento contínuo e informação, é possível viver bem com uma das doenças respiratórias mais comuns do país
Celebrado em 21 de junho, o Dia Nacional do Controle da Asma chama atenção para uma doença crônica que atinge milhões de brasileiros. Embora não tenha cura, a asma pode ser controlada com tratamento adequado e rotina de cuidados. No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), histórias como a de Márcia Madalena Santos, 78 anos, e Germaila Ribeiro, 40, mostram que qualidade de vida é possível mesmo convivendo com a condição.
Márcia é paciente do HBDF e convive com a asma desde a infância. Hoje, frequenta sessões de fisioterapia respiratória no hospital. “Se a gente não se cuida, vem a crise e derruba mesmo”, conta. “Com o tratamento, consigo fazer minhas coisas com menos cansaço.” Já Germaila, que enfrenta a doença desde a infância no Maranhão, afirma que o acompanhamento médico mudou sua vida: “Hoje trabalho, cuido da casa e vivo com mais tranquilidade”.
Segundo o alergologista Vitor Pinheiro, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), a asma é uma inflamação crônica das vias aéreas, com sintomas como chiado, tosse seca e falta de ar. “Muita gente só procura ajuda durante as crises, mas o tratamento deve ser diário”, alerta o médico.
O HBDF é referência no tratamento da asma grave, oferecendo imunobiológicos pelo SUS. Esses medicamentos são fundamentais para pacientes que não respondem bem ao tratamento convencional. Em maio de 2025, o hospital atendeu 198 pacientes asmáticos ambulatorialmente.
A fisioterapia também é parte essencial no cuidado. “Com fortalecimento da musculatura respiratória, o paciente tem menos crises e reduz o uso de bombinhas”, explica o fisioterapeuta Reubi Farias. Ele ressalta ainda a importância da vacinação, especialmente contra a gripe, para evitar agravamentos da doença.
O controle da asma começa nas unidades básicas de saúde e depende do diagnóstico precoce, especialmente em casos de histórico familiar. “Chiado, tosse noturna ou falta de ar nas crianças devem ser sinais de alerta”, reforça Vitor Pinheiro.
Com informação, prevenção e cuidados contínuos, é possível viver com saúde e autonomia mesmo enfrentando a asma.