
Parlamentares reagem com dureza à proposta de Haddad, que taxa investimentos populares como LCIs e LCAs. Economistas também criticam: “medida lamentável”.
A nova medida provisória do governo Lula (PT), que propõe a taxação de investimentos antes isentos como LCIs, LCAs e fundos imobiliários, enfrentou forte rejeição no Congresso Nacional. Deputados classificaram a proposta como um “tiro no pé”, alegando que ela penaliza a classe média e ameaça setores estratégicos como o agronegócio e a habitação.
O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), voz respeitada na área, alertou que a taxação pode sufocar o financiamento agrícola. Segundo ele, os bancos captaram R$ 490 bilhões via LCA para sustentar o setor – mais do que o próprio Plano Safra.
Especialistas também condenaram a proposta. O economista Igor Lucena chamou a medida de “ainda pior” que o aumento do IOF original. Marcello Marin considerou a iniciativa como uma tentativa rasa de gerar receita, sem atacar o cerne do problema fiscal: os gastos. Já André Galhardo resumiu: “Taxadd só quer taxar”.
Mesmo parlamentares próximos do governo, como o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), admitiram que a aprovação da MP é improvável. A oposição já articula maioria para barrar o texto.