
Campanha mobiliza população em meio ao inverno e reforça alerta sobre baixos estoques de sangue em Brasília; tipos negativos estão em nível crítico.
Em meio ao mês dos namorados, um gesto silencioso pode ser o mais poderoso: doar sangue. O Junho Vermelho, campanha nacional de conscientização, intensifica os esforços dos hemocentros para garantir estoques seguros — especialmente em junho, quando as doações caem por conta do aumento de doenças respiratórias.
Em Brasília, a Fundação Hemocentro faz um apelo: os estoques de tipos sanguíneos negativos (O-, A-, B- e AB-) estão em estado crítico. Para incentivar a adesão, até o dia 30, doadores desses tipos terão atendimento preferencial, sem necessidade de agendamento.
“A campanha busca sensibilizar sobre a importância da doação regular, já que a necessidade é permanente”, destaca Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores. Ela lembra que homens podem doar a cada dois meses, e mulheres, a cada três.
A servidora Maria Gabryella de Oliveira, 29, doa uma vez ao ano e reforça: “Em muitos casos, é uma questão de vida ou morte”. Já o servidor Bruno Vidal, 39, com mais de dez doações no histórico, resume: “É uma forma de fazer a diferença, mesmo sem ser da área da saúde”.
Para muitos, como a assistente Verônica Góes, 44, a decisão de doar veio acompanhada de receio e pesquisa. “Mas a vontade veio de dentro”, disse. Agora, ela também faz parte do time que estende a mão — ou melhor, o braço — a quem precisa.
O Hemocentro funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h. O agendamento pode ser feito pelo site Agenda DF ou pela Central 160 (opção 2), mas também há vagas por encaixe.