Ceará e Espírito Santo lideram quedas; apesar disso, alta em Pernambuco sustenta leve crescimento nacional no mês
A produção industrial brasileira registrou queda em nove dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre março e abril de 2025, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada nesta quarta-feira (11). As maiores retrações foram observadas no Ceará (-3,9%) e Espírito Santo (-3,5%).
Também apresentaram resultados negativos os estados do Rio de Janeiro (-1,9%), São Paulo (-1,7%), Mato Grosso (-1,4%), Amazonas (-1,3%), Pará (-0,8%), Minas Gerais (-0,3%) e Paraná (-0,1%).
Apesar do cenário predominantemente negativo, a indústria nacional registrou um leve crescimento de 0,1% no mês, sustentado pelo desempenho positivo de seis unidades da federação. O destaque absoluto foi Pernambuco, que apresentou um salto de 31,3% na produção industrial. Também tiveram alta os estados de Goiás (4,6%), Bahia (0,5%), Rio Grande do Sul (0,1%) e Santa Catarina (0,1%), além da Região Nordeste como um todo, que avançou 7,2%.
Comparações anuais e acumuladas
Na comparação com abril de 2024, a produção industrial teve queda em 11 dos 18 locais analisados, acompanhando o desempenho nacional negativo de -0,3%. Os principais recuos ocorreram no Rio Grande do Norte (-12,9%), Mato Grosso do Sul (-9%), Rio Grande do Sul (-7,1%), além de São Paulo e Ceará (ambos com -5,3%). Por outro lado, o Pará destacou-se positivamente, com uma alta expressiva de 27,3%.
No acumulado do ano, mesmo com a alta nacional de 1,4%, dez estados registraram retração, com destaque para Rio Grande do Norte (-18,2%) e Pernambuco (-15,9%). Oito estados mostraram crescimento, sendo o Pará novamente o mais destacado (10%).
Já no acumulado dos últimos 12 meses, o setor industrial teve um avanço de 2,4% no país, com 12 das 18 regiões pesquisadas em alta. Os melhores desempenhos foram registrados no Pará (9%), Santa Catarina (7,4%) e Paraná (5,6%). Por outro lado, seis estados fecharam o período com queda, com Rio Grande do Norte (-6,6%) e Espírito Santo (-5,2%) apresentando os piores resultados.
Os dados reforçam o cenário de desigualdade regional na indústria brasileira, com oscilações significativas entre os estados e desafios distintos para a retomada da atividade produtiva em várias regiões do país.
