Governo inicia busca ativa para ressarcir vítimas de descontos irregulares no INSS

© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Ministério da Previdência quer alcançar aposentados e pensionistas que vivem em áreas remotas ou têm dificuldades de acesso digital

 

O governo federal anunciou que fará uma busca ativa para localizar aposentados e pensionistas do INSS que sofreram descontos indevidos de mensalidades associativas em seus benefícios. A iniciativa visa identificar e atender pessoas que vivem em locais de difícil acesso ou com limitações de mobilidade, garantindo o ressarcimento das vítimas.

A ação foi detalhada nesta quinta-feira (29) pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). “Vamos até quem não conseguir nos responder pelos canais oficiais. Ninguém ficará para trás”, afirmou.

Atendimentos em comunidades ribeirinhas e rurais

O primeiro passo será o envio de comunicados pelos canais oficiais do INSS, como o site Meu INSS, o Disque 135 e as agências dos Correios. Caso os beneficiários não respondam, o governo fará o atendimento direto por meio de estruturas como o PrevBarco e o PrevMóvel, que atendem comunidades ribeirinhas, indígenas, quilombolas e regiões sem agências fixas.

“Esses barcos vão até a casa do cidadão. A Previdência irá onde for necessário”, garantiu Queiroz, destacando que a ação será cuidadosa para evitar que golpistas se aproveitem da situação.

Alerta contra fraudes

O ministro reforçou que o INSS não entra em contato por telefone, e-mail ou WhatsApp, e que qualquer tentativa nesse sentido deve ser tratada com desconfiança. “O ressarcimento será feito com segurança, por canais confiáveis. Não queremos que alguém caia em outro golpe tentando recuperar o que perdeu.”

Descontos fraudulentos desde 2019

Queiroz afirmou que as fraudes começaram a ser registradas em 2019, mas não foram apuradas pelo governo anterior. “Eram associações sem sede ou patrimônio, criadas para fraudar. Só agora estamos atuando para corrigir essas injustiças.”

Além do combate às fraudes, o ministro apontou que a redução das filas de atendimento no INSS também é prioridade. Atualmente, o tempo médio de espera é de 45 dias, e a meta é zerar a fila o mais rápido possível.