Iniciativa do Instituto Clima e Sociedade em parceria com o Bezos Earth Fund financiará até 15 pesquisas que contribuam para novos modelos econômicos sustentáveis na região
Com foco no desenvolvimento sustentável da Amazônia e no fortalecimento da comunidade científica regional, o Instituto Clima e Sociedade (iCS) lançou esta semana um edital que vai financiar projetos de pesquisa voltados à economia verde na maior floresta tropical do planeta. A iniciativa, realizada em parceria com o Bezos Earth Fund, prevê o investimento total de R$ 10 milhões em até 15 projetos científicos.
As propostas devem estar alinhadas a temas estratégicos como bioeconomia, desenvolvimento rural sustentável, mudanças climáticas, segurança pública, ordenamento territorial e inclusão socioeconômica. Os valores por projeto variam entre R$ 300 mil e R$ 2,5 milhões, com prazo final de inscrição até o dia 27 de junho de 2025.
Segundo a diretora executiva do iCS, Maria Netto, o objetivo é fortalecer a capacidade da comunidade científica amazônica de desenvolver análises econômicas e propor novos modelos de desenvolvimento para a região. “Ampliar a presença desses pesquisadores nas ações de combate à crise climática é essencial para garantir a floresta em pé e promover a restauração ambiental”, afirmou.
A iniciativa é voltada exclusivamente a instituições científicas sem fins lucrativos da Amazônia Legal, como universidades públicas, centros de pesquisa e entidades privadas que desenvolvam pesquisa científica ou tecnológica.
Para Leon Clarke, diretor de Caminhos para Descarbonização do Bezos Earth Fund, a proposta reforça a importância de conectar conservação ambiental às necessidades econômicas e sociais das comunidades amazônicas. “Boas informações são fundamentais para boas decisões. E quem vive na região tem o conhecimento mais profundo sobre o que realmente pode funcionar”, destacou.
O Bezos Earth Fund, criado pelo bilionário Jeff Bezos, é considerado o maior compromisso filantrópico já feito para enfrentar as mudanças climáticas e proteger a natureza, com um aporte global de US$ 10 bilhões.
Os organizadores esperam que as pesquisas selecionadas alimentem políticas públicas e privadas mais eficazes e sustentáveis, contribuindo para o combate ao desmatamento e promovendo alternativas econômicas alinhadas à preservação da floresta e ao bem-estar das populações locais.
