Programa busca ampliar atendimento em regiões prioritárias do SUS com vagas para 3.064 profissionais em 1.620 municípios
O Programa Mais Médicos alcançou o maior número de inscrições desde sua criação, em 2013, com um total de 45.792 médicos cadastrados, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Deste total, 93% são brasileiros (42.383 profissionais), sendo que 25.594 possuem registro profissional no Brasil e 16.789 são formados no exterior. Outros 3.309 inscritos são estrangeiros com habilitação para atuar no país.
As mulheres representam a maioria entre os inscritos, com 26.864 médicas, o equivalente a aproximadamente 58% do total. As inscrições foram encerradas no último dia 8.
O Mais Médicos tem como objetivo fortalecer a atenção primária à saúde oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), levando profissionais para regiões prioritárias, remotas, de difícil acesso e alto índice de vulnerabilidade social, onde há escassez ou ausência de médicos.
O edital atual prevê 3.064 vagas distribuídas entre 1.620 municípios e 108 vagas para 26 distritos sanitários especiais indígenas (Dseis). O cronograma do programa aponta para o início das atividades, entre os dias 2 e 10 de julho, dos médicos com registro no Brasil, bem como de brasileiros e estrangeiros que já passaram pelas etapas de acolhimento e avaliação, processo pelo qual os intercambistas são avaliados antes de ingressar no programa.
Os profissionais do Mais Médicos atuam integrados às equipes de Saúde da Família, oferecendo atendimento e acompanhamento mais próximos da população. Quando necessário, realizam encaminhamentos para especialistas, com o registro das informações no Prontuário Eletrônico (e-SUS APS), permitindo a integração dos dados do paciente entre a atenção primária e a especializada.
Após a retomada do programa em 2023 e sua expansão, o Ministério da Saúde tem a meta de alcançar 28 mil médicos atuando em 4.547 municípios até o fim de 2025. Atualmente, cerca de 24,9 mil médicos atendem em 4,2 mil municípios, o que representa 77% do território nacional. Dentre essas localidades, 1,7 mil são regiões com altos índices de vulnerabilidade social.
