Moradores de favelas reforçam protagonismo no varejo no Dia das Mães, aponta pesquisa

© Valter Campanato/Agência Brasil
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Oito em cada dez entrevistados pretendem comprar presentes este ano; gasto médio deve variar entre R$ 100 e R$ 200

 

Uma pesquisa realizada pelo Data Favela revelou que 80% dos moradores de favelas e periferias brasileiras pretendem comprar presentes no Dia das Mães deste ano. O dado representa um crescimento expressivo de 16 pontos percentuais em comparação com 2024, quando 64% afirmaram ter presenteado alguém.

Segundo o levantamento, 38% dos entrevistados devem gastar entre R$ 100 e R$ 200 com os presentes. Outros 25% planejam investir até R$ 100, enquanto 22% pretendem gastar entre R$ 200 e R$ 500. Já 10% afirmaram que o valor deve ficar entre R$ 500 e R$ 1.000, e 4% devem ultrapassar os R$ 1.000.

Para o fundador do Data Favela, Renato Meirelles, os dados mostram o impacto econômico dessas regiões. “O Dia das Mães é uma das datas mais potentes do calendário do varejo porque ativa, ao mesmo tempo, emoção e economia. E nas favelas e periferias, esse movimento ganha escala. Seja nas lojas de rua, no comércio local ou em grandes redes, o consumo se organiza com força nesses territórios, que hoje são protagonistas na dinâmica do varejo nacional”, afirmou.

A figura materna, seja biológica ou afetiva, permanece como principal foco da celebração. Entre os entrevistados que afirmaram querer presentear alguém, 81% escolheram a própria mãe. Outros presentes serão destinados à esposa ou namorada (21%), sogra (13%), irmã, tia ou prima (10%) e a outras pessoas (5%).

A coordenadora de pesquisas do Data Favela, Bruna Hasclepides, destaca o simbolismo do dado: “É muito significativo ter 81% de pessoas em periferias e favelas se articulando para presentear o que eles consideram como figura materna, sendo consanguínea ou não. Mulheres e mães, como base da pirâmide, desempenham papéis fundamentais na sociedade. Mesmo sobrecarregadas e, por vezes, sem poder de escolha, essas matriarcas continuam no corre para garantir uma vida melhor à sua família nuclear”, concluiu.