Cartão Vermelho para o Racismo une torcedores em gesto simbólico no Mané Garrincha

Fotos: Jhonatan Viera/Sejus-DF
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Campanha da Sejus-DF com apoio da CBF mobiliza mais de 30 mil pessoas contra a discriminação racial no futebol

 

 

A Arena BRB Mané Garrincha foi palco de uma mobilização emocionante neste domingo (4), minutos antes do confronto entre Vasco e Palmeiras, pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mais de 30 mil torcedores ergueram cartões vermelhos em um protesto silencioso, mas poderoso, contra o racismo. A ação marcou o lançamento da campanha Cartão Vermelho para o Racismo, promovida pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O ato coletivo ocorreu antes do apito inicial da partida. Em campo, jogadores das duas equipes, árbitros e comissão técnica também aderiram à iniciativa, segurando faixas e levantando os cartões vermelhos em sinal de repúdio à discriminação racial. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, ressaltou a importância da ação. “Ver milhares de pessoas, de todas as idades, unidas por essa causa mostra que o combate ao racismo deixou de ser assunto de poucos. A sociedade exige respeito”, afirmou.

Com o lema “Não é só falta grave, é cartão vermelho para o racismo”, a campanha visa criar um modelo distrital de enfrentamento ao racismo nos esportes, com possibilidade de ampliação para todo o país. A proposta está em sintonia com a Lei Vinícius Júnior, sancionada pelo Governo do Distrito Federal, que estabelece diretrizes para a promoção de ambientes esportivos mais seguros e inclusivos.

Entre os torcedores que participaram da ação, a vascaína Sueny Almeida, moradora de Taguatinga, destacou o simbolismo do momento. “Foi emocionante. O futebol é paixão nacional, e usar esse espaço para promover a igualdade é fundamental”, disse. O palmeirense Renan Lopes, que veio de Goianésia (GO), também elogiou a campanha: “Isso aqui é um golaço da cidadania. O respeito deve prevalecer dentro e fora dos estádios”.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, reforçou o compromisso da entidade. “O combate ao racismo é inegociável. Apoiamos essa campanha e trabalhamos para transformar o futebol em um ambiente de respeito e igualdade”, declarou.

Nos próximos meses, a parceria entre a Sejus e a CBF será ampliada com ações educativas e cursos de letramento racial voltados a clubes, atletas e dirigentes. A meta é consolidar uma cultura de respeito e tolerância nos esportes, reforçando que no futebol – como na sociedade – não há espaço para o preconceito.