
Em apenas três dias, Hospital de Base atendeu cinco vítimas; número se aproxima do total registrado em todo o ano de 2024
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), sob gestão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), registrou cinco atendimentos a vítimas de afogamento no Lago Paranoá entre os dias 18 e 20 de abril. Com isso, o número de casos atendidos no hospital em 2025 já chega a nove, se aproximando do total registrado durante todo o ano de 2024, que somou 11 ocorrências.
A situação acende um alerta para os riscos de recreações aquáticas sem os devidos cuidados com segurança. Na quinta-feira (18), quatro pessoas foram socorridas após um incidente na Península dos Ministros. Uma das vítimas precisou ser reanimada após longo tempo submersa, mas não resistiu. As outras apresentaram apenas sintomas leves e foram liberadas. No domingo (20), uma nova vítima foi socorrida em estado crítico, após cerca de 10 minutos submersa, mas também faleceu, apesar dos esforços da equipe do Centro de Trauma do HBDF.
“O afogamento ocorre quando menos se espera. É fundamental respeitar os limites do corpo e nunca entrar na água sozinho ou após consumir bebidas alcoólicas”, alertou o chefe do Centro de Trauma do HBDF, Renato Lins. Ele reforça a importância do uso de coletes salva-vidas certificados e da supervisão constante de crianças e adolescentes como medidas simples que salvam vidas.
O médico destaca ainda que a maioria dos afogamentos infantis ocorre em piscinas residenciais. “O ideal é nunca deixar as crianças sozinhas, nem por alguns segundos. O menor descuido pode ser fatal”, afirmou.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afogamentos causam cerca de 250 mil mortes por ano, sendo 82 mil apenas entre crianças de 1 a 14 anos. Em 2019, foram mais de 235 mil óbitos em todo o mundo.
Em situações de afogamento, Lins recomenda que a população acione imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo 193 e evite tentativas de resgate sem preparo, para não colocar mais vidas em risco. “A atenção às sinalizações de perigo nas margens do Lago Paranoá é essencial para prevenir tragédias”, completou.
Dicas para evitar afogamentos:
– Nunca nade sozinho, principalmente em locais sem salva-vidas.
– Respeite seus limites físicos e evite se afastar da margem.
– Crianças devem ser vigiadas o tempo todo por um adulto.
– Utilize coletes salva-vidas certificados.
– Evite mergulhos de cabeça em locais desconhecidos.
– Observe placas de sinalização.
– Em emergências, acione o Corpo de Bombeiros (193) ou o SAMU (192).