
Unidades de saúde promovem visitas do coelhinho, ensaios fotográficos e distribuem chocolates para humanizar o ambiente hospitalar e acolher famílias
Passar datas comemorativas no hospital pode ser um desafio, especialmente para as crianças. Mas, neste domingo de Páscoa, profissionais de saúde e voluntários de diferentes regiões do Brasil se uniram para transformar essa realidade, proporcionando momentos de alegria e acolhimento às crianças internadas e suas famílias.
No Rio de Janeiro, o Hospital Estadual Getúlio Vargas recebeu a visita especial do Coelho da Páscoa, que percorreu os leitos infantis distribuindo chocolates, blocos de desenho, doces e coelhinhos de crochê feitos à mão pela técnica de enfermagem Telma de Souza. “Me coloco no lugar das mães. Tudo que pode ser feito para dar alegria aos pequenos é gratificante”, afirmou a profissional.
Valentina Guimarães, de 7 anos, internada com bronquite, foi uma das crianças encantadas com a surpresa. “Carácoles, tô cheia de chocolate! Vou até levar para casa para dividir com meu irmão Téo”, comemorou, animada com sua nova companheira de pelúcia, a coelhinha Tália.
No Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, a comemoração contou com o apoio de estudantes de medicina, que organizaram brincadeiras e entregaram chocolates às crianças. Para a mãe Larissa Cristina, que acompanha a filha Maria Luiza, de 5 anos, a experiência foi emocionante: “Ela ficou tão feliz. Esse momento ficará guardado para sempre nas nossas memórias”.
Na Maternidade Regional de Camaçari, na Bahia, a celebração foi delicadamente adaptada ao ambiente neonatal. Os bebês receberam coelhinhos personalizados e participaram de um ensaio fotográfico temático, enquanto suas mães foram acolhidas com um café da manhã especial. “Se não fosse o apoio da equipe e das outras mães, eu não sei o que seria da gente”, disse Inglid dos Santos, mãe de gêmeos prematuros.
Para a psicóloga Meury Rodrigues, momentos como esse fazem parte do cuidado integral: “Falamos também da saúde mental da mãe, que precisa se sentir acolhida, ouvida e respeitada nesse processo de fragilidade”.
No Ceará, o Hospital Geral de Fortaleza realizou uma ação parecida, mas com um toque ainda mais participativo: as mães confeccionaram manualmente as orelhinhas usadas nos ensaios fotográficos dos recém-nascidos. “É uma oportunidade de ficar mais junto dela, faço com todo o amor”, contou Valdenia Alves, mãe da pequena Marielly.
Já no Hospital Regional do Sertão Central, em Quixeramobim, a tradição do ensaio de Páscoa é mantida com zelo e carinho. Todos os itens usados na sessão fotográfica são esterilizados e aprovados pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. “Eu não imaginava que fosse ter esse ensaio lindo aqui! É muito bom guardar essa lembrança feita com tanto carinho”, celebrou a mãe Janaila Araújo.
Mais do que ações simbólicas, essas iniciativas mostram o poder do afeto e da empatia no ambiente hospitalar, fortalecendo laços entre pacientes