Meta é imunizar 90% dos grupos prioritários; estados podem antecipar início da aplicação das doses
O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (21) que a campanha nacional de vacinação contra a influenza começará no dia 7 de abril. A meta do governo é imunizar 90% dos grupos prioritários, que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos, gestantes, puérperas, pessoas com doenças crônicas, pessoas com deficiência, profissionais de saúde e professores.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou da entrega da primeira remessa de doses ao Distrito Federal e destacou que o imunizante protege contra três vírus do tipo influenza, reduzindo o risco de casos graves e óbitos.
A distribuição das vacinas aos estados começa já nesta sexta-feira. De acordo com Padilha, as secretarias estaduais e municipais de saúde têm autonomia para antecipar a imunização caso recebam os lotes antes da data oficial. No Distrito Federal, por exemplo, a vacinação deve começar já na próxima terça-feira (26).
A expectativa do governo é que 35 milhões de doses sejam entregues aos estados até o fim de março.
Vacina disponível o ano todo
A partir deste ano, a vacina contra a influenza estará disponível de forma permanente nas unidades básicas de saúde. A mudança visa garantir que mais pessoas tenham acesso à imunização ao longo do ano, sem depender exclusivamente da campanha anual.
O governo também retomará os dias D de vacinação, com uma grande mobilização nacional para ampliar a cobertura vacinal. A data para 2024 será definida na próxima semana, mas a previsão é que ocorra em maio.
Ampliação para o público geral
A possibilidade de estender a vacinação contra a gripe para toda a população não está descartada, mas será avaliada de acordo com a cobertura vacinal dos grupos prioritários.
“A meta recomendada pela OMS [Organização Mundial da Saúde] é 90% de cobertura vacinal para os grupos prioritários. Vamos perseguir isso”, afirmou Padilha.
O ministro também aproveitou para desmentir o mito de que a vacina contra a influenza causa gripe. Segundo ele, muitas pessoas já chegam infectadas ao posto de vacinação e acabam associando os sintomas à imunização.
