
Ibaneis Rocha: Arquivamento da Investigação e Exposição da Verdade sobre os Atos de 8 de Janeiro
Após 66 dias afastado do comando do Governo do Distrito Federal (GDF), Ibaneis Rocha (MDB) enfrentou acusações infundadas relacionadas aos atos golpistas de 8 de janeiro, quando vândalos invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Durante esse período, o Partido dos Trabalhadores (PT) comemorava a suposta ligação do governador com os ataques, com alguns parlamentares da oposição, como PT, PSOL e Rede Sustentabilidade, chegando a protocolar um pedido de impeachment contra Ibaneis, acusando-o de crime de responsabilidade e de abolição violenta do Estado de direito.
Entretanto, dois anos depois, a verdade começa a ser revelada. A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se no Supremo Tribunal Federal (STF), defendendo o arquivamento da investigação contra o governador, uma vez que ficou comprovado que Ibaneis Rocha não esteve envolvido nos atos golpistas. A decisão foi reforçada por um relatório do próprio ministro Alexandre de Moraes, que destacou que os relatórios de análise da Polícia Judiciária não apresentaram indícios de que o governador estivesse tentando obstruir as investigações ou destruir evidências.
Ibaneis, que demonstrou paciência e resiliência, retornou ao cargo antes do prazo de 90 dias determinado por Moraes. O magistrado ressaltou que não havia elementos que indicassem qualquer tentativa de prejudicar os trabalhos investigativos. Esse posicionamento foi apoiado pela defesa de Ibaneis e pela Procuradoria-Geral da República.
A CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que permaneceu por nove meses investigando os eventos de 8 de janeiro, não convocou o principal responsável que poderia esclarecer a verdadeira culpabilidade pelos ataques: o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias. O presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), e seu correligionário Gabriel Magno, solicitaram a exclusão do relatório final sobre Gonçalves Dias, argumentando que a comissão não teria competência para investigar autoridades federais.
O parecer da PGR, apresentado nesta quarta-feira (26), será analisado por Alexandre de Moraes, que decidirá se a investigação será arquivada ou não.