
Ex-ministro dos Direitos Humanos ainda não prestou depoimento; investigações seguem sob sigilo
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias o inquérito que investiga o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, por importunação sexual. A acusação envolve a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
A Polícia Federal, responsável pelo caso, solicitou mais prazo para concluir as investigações. Uma das diligências pendentes é justamente o depoimento de Almeida, que deve ser um dos últimos a serem ouvidos. Anielle Franco já prestou depoimento em outubro de 2024.
As acusações contra Silvio Almeida vieram à tona em setembro do ano passado, quando a organização Me Too afirmou ter acolhido mulheres que relataram assédio sexual por parte do ex-ministro. O escândalo resultou na demissão de Almeida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em nota, o ex-ministro negou as denúncias e classificou as acusações como “mentiras” e “ilações absurdas”. O inquérito segue sob sigilo no STF. Após a conclusão das investigações, a Polícia Federal poderá decidir pelo indiciamento ou arquivamento do caso.