
Plataforma Almirante Tamandaré pode elevar produção do pré-sal para 1 milhão de barris diários até 2025
A maior unidade produtiva de petróleo em alto-mar já instalada no Brasil, a FPSO Almirante Tamandaré (Búzios 7), iniciou operações neste sábado (15) no Campo de Búzios, na Bacia de Santos, a cerca de 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro. O navio-plataforma tem capacidade para processar até 225 mil barris de petróleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
A nova unidade atuará na exploração de 15 poços, interligados à plataforma por infraestrutura submarina. A previsão da Petrobras é que o Campo de Búzios se torne, em breve, seu maior polo de produção, podendo ultrapassar a marca de 1,5 milhão de barris diários.
“O FPSO Almirante Tamandaré é parte do sexto sistema de produção de Búzios e contribuirá para que o campo alcance a produção de 1 milhão de barris de óleo por dia até o segundo semestre de 2025″, afirmou a presidenta da Petrobras, Magda Chambriard.
Tecnologia e impacto ambiental
Afretada junto à SBM Offshore, a FPSO Almirante Tamandaré supera a capacidade média da indústria, que gira em torno de 150 mil barris diários. Além disso, a plataforma adota tecnologias para reduzir emissões de gases de efeito estufa, incluindo sistemas de descarbonização e aproveitamento de calor que diminuem a demanda por energia adicional.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou a importância da nova unidade:
“A entrada em operação do FPSO Almirante Tamandaré é mais um passo importante para fortalecer a produção de energia no Brasil. Essa plataforma tem tecnologia de ponta para produzir mais com menos impacto ambiental.”
Novas reservas identificadas
O início da operação coincidiu com um novo anúncio da Petrobras: a descoberta de novas reservas de petróleo em um poço na região oeste do Campo de Búzios. O teste, realizado a 5,6 mil metros de profundidade, indicou a presença de petróleo de alta qualidade.
A ativação da plataforma ocorreu após a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) conceder as últimas autorizações ao Consórcio da Jazida Compartilhada de Búzios, liderado pela Petrobras (88,9%), em parceria com a CNOOC (7,34%) e a CNPC (3,67%).
Com a nova unidade, o Brasil dá mais um passo rumo à expansão da produção de petróleo no pré-sal, consolidando o Campo de Búzios como um dos mais promissores do país.