
Pesquisa revela que autônomos ultrapassam média nacional de horas semanais trabalhadas, mas têm rendimento inferior ao de empregados
Os trabalhadores por conta própria no Brasil dedicam mais tempo à atividade profissional do que empregados e patrões, mas recebem menos. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esses profissionais trabalham, em média, 45,3 horas por semana, enquanto a média nacional é de 39,1 horas.
Apesar da carga horária elevada, o rendimento médio mensal dos autônomos ficou em R$ 2.682 no último trimestre de 2024, abaixo da média nacional de R$ 3.215. Empregados tiveram um salário médio de R$ 3.105, enquanto os empregadores lideraram a remuneração com R$ 8.240.
O levantamento também aponta diferenças regionais. Trabalhadores por conta própria em São Paulo registraram a maior jornada semanal, com 46,9 horas, seguidos pelos do Rio Grande do Sul (46,5) e do Ceará (46,2). Entre os empregados, São Paulo também lidera o ranking, com 40,7 horas semanais.
A pesquisa do IBGE, que considera todas as formas de ocupação para pessoas com 14 anos ou mais, também revelou que o desemprego no país atingiu o menor nível já registrado em 14 estados no último trimestre de 2024. No entanto, a informalidade e o desemprego continuam mais presentes entre pessoas pretas e pardas.