Ministério da Saúde anuncia reajuste de 30% para Equipes de Saúde da Família Ribeirinha

© Marcelo Camargo/Agência Brasi

 

Medida busca fortalecer atendimento em áreas remotas e garantir melhores condições de trabalho para profissionais de saúde

 

 

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (5), um reajuste médio de 30% nos repasses para as Equipes de Saúde da Família Ribeirinha. O objetivo é melhorar as condições para a prestação de serviços em comunidades de difícil acesso, especialmente na Amazônia Legal e no Pantanal Sul-Mato-Grossense. A medida será oficializada por meio de uma portaria no Diário Oficial da União ainda nesta semana.

Com o novo financiamento, o governo pretende ampliar a estrutura e a mobilidade das equipes que atuam em regiões isoladas. Entre as mudanças, estão a inclusão de novos veículos para deslocamento terrestre, aumento no valor dos incentivos para embarcações utilizadas no transporte dos profissionais e melhorias nos pontos de apoio que garantem estrutura adequada para os atendimentos. Além disso, o reajuste financeiro facilitará a criação de novas equipes.

Em nota, o Ministério da Saúde destacou que a iniciativa representa um avanço significativo na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). “A medida promove a equidade no Sistema Único de Saúde (SUS), respeitando as identidades, tradições e modos de vida das populações do campo, da floresta e das águas”, ressaltou a pasta.

Atendimento em regiões isoladas

As Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS) localizadas em áreas cujo acesso é feito exclusivamente por rios. Devido à grande dispersão territorial, as embarcações são essenciais para levar atendimento médico a essas comunidades.

Segundo o Ministério da Saúde, cada equipe deve ser composta, no mínimo, por um médico, um enfermeiro e um auxiliar ou técnico de enfermagem. Dependendo da demanda local, também podem ser incorporados profissionais de saúde bucal, além de outros especialistas de nível superior e médio. Em regiões endêmicas, há ainda a possibilidade de incluir um microscopista para auxiliar no diagnóstico de doenças específicas.

Com a atualização dos incentivos, o governo federal espera ampliar a capacidade de atendimento nas regiões mais remotas do país, garantindo assistência médica contínua e de qualidade às populações ribeirinhas.