Casos graves de Covid-19 crescem no Brasil e já causaram 287 mortes em 2024

© Rovena Rosa/Agência Brasil

 

Fiocruz alerta para possível circulação de nova variante e recomenda reforço na vacinação

 

 

O Brasil já registrou 287 mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada pela Covid-19 em 2024, além de quase 900 casos graves da doença. Os dados são do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e consideram notificações enviadas ao Ministério da Saúde até 25 de janeiro.

A SRAG ocorre quando sintomas gripais evoluem para um comprometimento severo da função pulmonar, exigindo internação. Segundo o boletim, a Covid-19 foi responsável por 78,7% das infecções que levaram a óbito este ano. Especialistas da Fiocruz alertam para uma possível nova variante mais transmissível em circulação, o que pode estar impulsionando o aumento dos casos.

Estados mais afetados e grupos de risco

O levantamento aponta tendência de crescimento da SRAG por Covid-19 em nove estados, todos no Norte e Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.

A maioria dos casos graves ocorre entre crianças pequenas e idosos, sendo este último o grupo com maior mortalidade. Entretanto, Amazonas e Rondônia também registram um aumento preocupante de casos entre jovens e adultos.

Recomendações e vacinação

A pesquisadora Tatiana Portela reforça que a população deve adotar medidas preventivas. “Em caso de sintomas gripais, o ideal é ficar em casa em isolamento. Se não for possível, recomenda-se o uso de uma boa máscara ao sair. Além disso, é essencial manter a vacinação contra a Covid-19 em dia”, destacou.

O esquema vacinal do Sistema Único de Saúde (SUS) prevê duas ou três doses para crianças de seis meses a menos de cinco anos, enquanto idosos e imunocomprometidos devem receber um reforço a cada seis meses. Gestantes devem tomar uma dose durante a gravidez, e grupos vulneráveis, como indígenas, quilombolas e pessoas com comorbidades, devem garantir um reforço anual.