
Adesão fortalece laços históricos com o Brasil e amplia cooperação no Sul Global
A República Federal da Nigéria foi anunciada nesta sexta-feira (17) como o mais novo país parceiro do Brics, informou o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Com a entrada do país africano, o agrupamento diplomático passa a contar com nove parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e agora a Nigéria.
Potência africana com vínculos históricos
Localizada na costa ocidental da África, a Nigéria é o país mais populoso do continente e o sexto do mundo. Além disso, a nação é uma das 30 maiores economias globais, com vastas reservas de petróleo e gás natural. Desde os anos 1970, a Nigéria integra a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), desempenhando um papel estratégico na definição do valor da commodity no mercado internacional.
Os laços históricos e culturais com o Brasil tornam a adesão ao Brics ainda mais significativa. A história compartilhada entre os dois países remonta à diáspora africana, com influências profundas na cultura brasileira, especialmente no estado da Bahia.
Expansão do Brics e liderança brasileira
O Brics, originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, vem se expandindo desde 2023, quando novos membros titulares como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã foram incluídos. Em janeiro de 2025, o Brasil anunciou a adesão da Indonésia como membro titular, reforçando a relevância do bloco.
Atualmente, o Brasil ocupa a presidência rotativa do Brics, com uma cúpula de líderes programada para julho, no Rio de Janeiro.
Interesses convergentes no Sul Global
Em nota oficial, o Itamaraty destacou que a Nigéria possui “interesses convergentes com os demais membros do agrupamento, atuando ativamente no fortalecimento da cooperação do Sul Global e na reforma da governança global”. Essas temáticas são prioritárias para a presidência brasileira e refletem o esforço do Brics em promover maior representatividade