Pernambucano de 60 anos substitui Mizael Conrado e promete focar no avanço e inclusão do esporte paralímpico no Brasil
Desde o dia 1º de janeiro, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) conta com um novo presidente: José Antônio Freire. O pernambucano de 60 anos, que perdeu a visão aos 15 anos devido a um descolamento de retina, tem longa trajetória no paradesporto. Aos 18, iniciou sua jornada como jogador de futebol de cegos e, nos últimos oito anos, comandou a Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV), organizando modalidades como o futebol, judô e goalball.
Freire assume a presidência do CPB em um momento de grande relevância, após o Brasil atingir um recorde de 89 medalhas, incluindo 25 de ouro, na Paralimpíada de Paris. O desempenho colocou o Brasil no quinto lugar geral, com pódios em 12 das 20 modalidades disputadas. Entre as vitórias, estiveram o futebol de cegos, o judô, o goalball, além de medalhas no tênis de mesa, triatlo, canoagem e taekwondo.
José Antônio sucede Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cegos, que liderou o CPB nos últimos oito anos e foi responsável pela elaboração de um planejamento estratégico que norteou as ações da entidade nos ciclos de 2020 e 2024. “A missão do CPB passou a ser a promoção do esporte paralímpico, da iniciação ao alto rendimento, e a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade. Foi assim que criamos programas como a Educação Paralímpica na Escola e os Centros de Referência”, afirmou Mizael.
Com José Antônio no comando, a expectativa é que o planejamento para os ciclos de 2028 e 2032 seja consolidado até março ou abril deste ano. Ele já iniciou um trabalho focado na base, com a intenção de continuar descobrindo novos talentos e mantendo o sucesso do movimento paralímpico. O ex-presidente anunciou Mizael Conrado como responsável pela Secretaria Geral do Comitê, estreitando as gestões e garantindo continuidade.
A vice-presidência do CPB também permanece com Yohansson Nascimento, medalhista de ouro paralímpico, que segue para um segundo mandato. O alagoano de 37 anos, que encerrou sua carreira nas pistas em 2021, destacou a importância de levar o esporte paralímpico para todas as regiões do Brasil. “Os desafios continuam, mas precisamos avançar e expandir o esporte para todos os cantos do país”, afirmou Yohansson.
