
Equipes técnicas visitarão municípios para fortalecer vigilância e assistência à população diante do aumento de casos
O Ministério da Saúde anunciou que enviará equipes técnicas a quatro estados brasileiros nesta semana para apoiar medidas de controle de arboviroses, incluindo a dengue. A iniciativa busca fortalecer a vigilância epidemiológica, a assistência à população e a reorganização dos serviços de saúde.
A missão começa nesta segunda-feira (13) com visitas a Vitória (ES), São José do Rio Preto (SP) e Rio Branco (AC). Na terça-feira (14), será a vez de Foz do Iguaçu (PR). Segundo o Ministério, as ações estão alinhadas com esforços de prevenção ao período sazonal da dengue, reforçados pela instalação do Centro de Operações de Emergência (COE) na última quinta-feira (9).
Cenário epidemiológico e medidas
Os estados e municípios visitados receberão suporte técnico e orientação para intensificar campanhas de educação e mobilização social, focadas na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Desde 2023, o Ministério da Saúde mantém monitoramento constante das arboviroses no país. Para 2025, R$ 1,5 bilhão foi reservado para ampliar ações de controle. A pasta alerta que, neste ano, a incidência de dengue deve aumentar em pelo menos seis estados, incluindo São Paulo, Paraná e Espírito Santo.
Dados regionais
São Paulo
- Casos prováveis de dengue em 2024: 2.181.372.
- Casos em 2025: 7,3 mil até agora.
- São José do Rio Preto: 35.678 notificações em 2024 e 1.834 casos em 2025.
Paraná
- Casos prováveis de dengue em 2024: 655.488.
- Casos em 2025: 1.327 até agora.
- Foz do Iguaçu: 15.611 notificações em 2024 e 91 casos em 2025.
Acre
- Casos prováveis de dengue em 2024: 7.409.
- Casos em 2025: 412 até agora.
- Rio Branco: 1.579 notificações em 2024 e 212 casos em 2025.
Espírito Santo
- Casos prováveis de dengue em 2024: 163 mil.
- Casos em 2025: 3.778 até agora.
- Vitória: 18.598 notificações em 2024 e 247 casos em 2025.
Prevenção e mobilização
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância das ações antecipadas: “Estamos trabalhando para que as cidades estejam preparadas antes do pico da doença. Mobilizar a população é essencial para evitar surtos”.
Com a previsão de aumento dos casos, o governo intensifica esforços para conter a transmissão e minimizar impactos na saúde pública.