
Comércio lidera geração de vagas, enquanto agropecuária e construção civil apresentam retração
O mercado de trabalho formal no Brasil registrou saldo positivo em novembro, com a criação de 106.625 postos de trabalho com carteira assinada. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No acumulado de 2024, foram abertas 2.224.102 vagas de emprego.
Com o resultado, o estoque de empregos formais no país – total de vínculos celetistas ativos – alcançou 47.741.377 em novembro, representando um crescimento de 0,22% em relação ao mês anterior.
Desempenho por setor
Entre os cinco setores econômicos analisados, apenas dois apresentaram saldo positivo na geração de empregos formais em novembro. O comércio liderou o indicador, com a criação de 94.572 postos, especialmente no segmento de reparação de veículos automotores e motocicletas.
O setor de serviços também contribuiu significativamente, com 67.717 novas vagas. A maior parte delas (40.118 postos) foi registrada no segmento de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.
Por outro lado, a construção civil (-30.091), a agropecuária (-18.887) e a indústria (-6.678) fecharam vagas formais no período. Na indústria, a queda foi puxada pela indústria de transformação, que eliminou 6.753 postos de trabalho.
Desempenho regional
Das cinco regiões brasileiras, quatro registraram saldo positivo em novembro. O Sudeste foi o destaque, com 53.677 novos postos de trabalho, seguido pelo Nordeste (25.557), Sul (24.952) e Norte (7.274). O Centro-Oeste foi a única região com desempenho negativo, registrando o fechamento de 7.960 vagas formais.
Entre os estados, São Paulo liderou a criação de empregos, com 38.562 vagas, seguido pelo Rio de Janeiro (13.810) e Rio Grande do Sul (11.865). Os maiores recuos ocorreram em Mato Grosso (-7.852), Goiás (-3.145) e Piauí (-1.378).
Contexto geral
Apesar da retração em alguns setores, o saldo positivo de novembro reflete a recuperação do mercado de trabalho, impulsionado pela alta no comércio e serviços, setores diretamente beneficiados pelo aquecimento do consumo no fim do ano. Entretanto, as quedas na agropecuária e construção civil indicam desafios sazonais e estruturais que afetam setores específicos da economia brasileira.
Os números reforçam a importância de políticas públicas e iniciativas para equilibrar a geração de empregos em todas as regiões e setores do país, promovendo um crescimento sustentável no mercado de trabalho.