Câncer de pele: Diagnóstico precoce salva vidas

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História de Renata destaca a importância do acompanhamento médico e da prevenção contra o câncer de pele

 

 

 

A gerente de enfermagem Renata vivenciou de perto os perigos de negligenciar a saúde ao ignorar a recomendação de acompanhamento médico anual após uma lesão pré-cancerígena em sua pele. Inicialmente, Renata não deu atenção à orientação, mas após surgirem mudanças em uma mancha no rosto, decidiu procurar um novo especialista. A consulta revelou uma pinta que, inicialmente inofensiva, acabou se mostrando um melanoma em estágio inicial, o tipo mais agressivo de câncer de pele.

“Foi por insistência da médica, que decidiu examinar minha pele por completo, que o diagnóstico foi feito. Uma lesão que eu jamais suspeitaria acabou revelando o câncer mais agressivo de pele”, conta Renata, que se recuperou após a detecção e remoção rápida do tumor, reforçando sua visão sobre os cuidados com a saúde.

A importância da detecção precoce

O melanoma é um dos tipos de câncer de pele mais raros e agressivos, e sua detecção precoce é essencial para garantir a cura. Segundo Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, os principais sinais de alerta são mudanças nas pintas ou manchas pré-existentes, como alteração de cor, tamanho ou textura, além de sangramento e coceira. A especialista destaca a importância de observar a própria pele regularmente.

De acordo com Luísa Juliatto, dermatologista do Alta Diagnósticos, pintas novas, em crescimento, com cores ou formatos irregulares e feridas que não cicatrizam também devem ser avaliadas. “Lesões com sangramento, dor e crescimento rápido também precisam ser avaliadas, pois podem ser indicativos de lesões mais agressivas”, afirma.

Exames para confirmação

Para confirmar se a mancha é cancerígena, a dermatologista recomenda a dermatoscopia, exame realizado no consultório que permite a avaliação das lesões com maior precisão. Em casos mais graves, o ultrassom dermatológico ou a biópsia de pele podem ser necessários para o diagnóstico final.

A dermatoscopia digital é indicada para o mapeamento corporal das pintas, permitindo que o médico observe mudanças ao longo do tempo.

Prevenção e hábitos de cuidado

Para prevenir o câncer de pele, a principal recomendação é evitar a exposição solar excessiva, especialmente em horários de pico (entre 10h e 15h). Renata, após o diagnóstico, passou a adotar uma rotina rigorosa, utilizando protetor solar com FPS 30, roupas especiais, chapéu e até medicação preventiva. Ela alerta sobre a importância de estar atento ao histórico familiar e à exposição solar durante a infância e adolescência, principais períodos de risco.

Além disso, a dermatologista Luísa Juliatto sugere o uso de protetor solar a cada duas horas, mesmo em dias nublados, e a utilização de barreiras físicas, como roupas com tratamento UV e óculos de sol.

Fatores de risco

O principal fator de risco para o câncer de pele é a exposição solar repetitiva e prolongada. Pessoas com pele, olhos e cabelos claros têm maior predisposição, mas é importante lembrar que pessoas negras também podem desenvolver a doença. Aqueles com histórico familiar de câncer de pele, imunossuprimidos e usuários de câmaras de bronzeamento também devem redobrar os cuidados.

A história de Renata, que tem pele clara e um pai com histórico de câncer de pele, é um exemplo claro de como os fatores genéticos e o histórico familiar influenciam no desenvolvimento da doença.

A detecção precoce e os cuidados com a saúde podem salvar vidas, e o caso de Renata é uma prova disso. Ela agora adota um acompanhamento médico regular e se tornou defensora da prevenção, incentivando outras pessoas a tomarem cuidado com sua pele e saúde.