Tétano mata 30% dos infectados: vacinação é a principal forma de prevenção

Foto: Breno Esaki/Agência Brasília

 

Ministério da Saúde alerta para importância da imunização e detalha esquemas vacinais disponíveis no SUS

 

 

 

Cerca de 30% das pessoas que contraem tétano acabam morrendo, segundo dados do Ministério da Saúde. A doença, que afeta o sistema nervoso e pode causar contrações musculares graves e até morte, é causada pela bactéria Clostridium tetani, presente no solo, água, objetos enferrujados e fezes de animais.

A principal forma de prevenção é a vacinação, que é gratuita e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério reforça a necessidade de seguir o esquema vacinal recomendado para cada grupo, além de adotar medidas de proteção, como o uso de equipamentos de segurança em atividades de risco.

Esquemas vacinais contra o tétano

O Calendário Nacional de Vacinação estabelece diferentes esquemas para proteger a população contra o tétano:

  • Crianças menores de 7 anos: três doses da vacina penta (2, 4 e 6 meses), com reforços aos 15 meses e aos quatro anos com a tríplice bacteriana (DTP).
  • Pessoas a partir de 7 anos: vacinação baseada no histórico vacinal. Quem já completou o esquema deve tomar reforços a cada 10 anos, ou a cada cinco anos em caso de ferimentos graves.
  • Gestantes: uma dose da vacina tríplice bacteriana acelular – tipo adulto (dTpa) a partir da 20ª semana de gestação. Se necessário, deve-se completar o esquema vacinal com a dupla bacteriana – tipo adulto (dT).

Segundo o Ministério, a vacinação em gestantes também protege recém-nascidos contra o tétano neonatal, que pode ocorrer nos primeiros 28 dias de vida.

Orientações para viajantes e trabalhadores

Viajantes que se destinam a regiões onde a vacinação não é amplamente disponível devem garantir que seu esquema vacinal esteja atualizado com antecedência.

Trabalhadores rurais, da construção civil, idosos e pessoas com ferimentos recentes também precisam manter a imunização em dia para evitar a exposição à bactéria.

Prevenção e contexto da doença

O tétano é uma doença não contagiosa, mas considerada um grave problema de saúde pública, especialmente em países com condições socioeconômicas e educacionais limitadas.

Além da vacinação, o Ministério da Saúde recomenda o uso de equipamentos de proteção individual (luvas, botas e capacetes) durante atividades de risco, tanto no trabalho quanto em tarefas domésticas, para evitar ferimentos que possam servir de porta de entrada para a bactéria.

O alerta do Ministério busca reforçar a conscientização sobre a gravidade da doença e a importância de medidas preventivas, especialmente a imunização, que continua sendo a ferramenta mais eficaz para salvar vidas.