Banco Central aguarda regulamentação para saque de recursos transferidos ao Tesouro Nacional
Até o final de outubro, os brasileiros deixaram de resgatar R$ 8,72 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro, conforme divulgado nesta sexta-feira (6) pelo Banco Central (BC). O montante, parte do Sistema de Valores a Receber (SVR), foi transferido para o Tesouro Nacional em 16 de outubro e agora aguarda a publicação de um edital com novas regras para saque.
Segundo o BC, o prazo para que os cidadãos solicitem esses valores é de até 25 anos. Caso contrário, o montante será incorporado ao patrimônio da União.
Dados do SVR
Desde o início do programa, em fevereiro de 2022, o SVR já devolveu R$ 8,69 bilhões de um total de R$ 17,41 bilhões disponibilizados pelas instituições financeiras. Apesar disso, apenas 37,3% dos correntistas habilitados fizeram o resgate. Até outubro, 26,9 milhões de pessoas e empresas retiraram os valores, enquanto mais de 45 milhões ainda não requisitaram seus recursos.
A maioria dos beneficiários que ainda não realizou o saque tem direito a pequenas quantias:
- Até R$ 10: 63,31%;
- Entre R$ 10,01 e R$ 100: 24,71%;
- Entre R$ 100,01 e R$ 1 mil: 10,12%;
- Acima de R$ 1 mil: 1,86%.
Expansões e melhorias
Embora os saques estejam suspensos, o SVR continua funcionando para consultas e incorporou avanços importantes, como a possibilidade de impressão de protocolos e consulta a valores de pessoas falecidas ou empresas encerradas. Desde setembro, representantes legais de empresas com CNPJ inativo também podem acessar o sistema usando contas Gov.br pessoais (nível ouro ou prata).
Cuidados contra golpes
O Banco Central alerta sobre a possibilidade de golpes relacionados ao resgate de valores esquecidos. Segundo o órgão, os serviços do SVR são gratuitos, e nenhuma instituição está autorizada a solicitar senhas ou dados pessoais.
O edital que definirá as regras para o saque dos recursos transferidos ao Tesouro Nacional será divulgado em breve. Enquanto isso, os beneficiários devem continuar atentos às orientações do BC e às consultas no sistema.
