Transição energética e compromissos bilaterais marcam último dia da cúpula do G20

© Tomaz Silva/Agência Brasil

 

Brasil transmite presidência do G20 para a África do Sul em cerimônia no Museu de Arte Moderna; declaração final e parcerias estratégicas são destaques

 

 

O segundo e último dia da cúpula do G20, no Rio de Janeiro, será dedicado a discussões sobre transição energética, desenvolvimento sustentável e agendas bilaterais. O encontro, realizado no Museu de Arte Moderna, também marcará a transmissão da presidência rotativa do grupo do Brasil para a África do Sul.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abrirá o dia com um encontro às 9h15 com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Às 10h, líderes das principais economias do mundo participarão da terceira sessão de debates, centrada no desenvolvimento sustentável e na transição energética – uma das prioridades brasileiras no G20.

Pouco depois do meio-dia, ocorrerá a sessão de encerramento e a cerimônia de transmissão da presidência do grupo. Na sequência, o presidente Lula oferecerá um almoço ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e dará uma entrevista coletiva à imprensa.

À tarde, estão previstos encontros bilaterais com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, e o premiê do Reino Unido, Keir Starmer. Antes de retornar a Brasília, Lula participará do anúncio dos resultados da rodada de investimentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), ao lado do diretor-geral da instituição, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Declaração final do G20

No primeiro dia de cúpula, os países do G20 divulgaram a declaração final do grupo. O documento reafirma o compromisso com a reforma de instituições globais, como o Conselho de Segurança da ONU; aborda a proposta de taxação de super-ricos; reforça as metas do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas; e condena os conflitos em Gaza e na Ucrânia.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a aprovação unânime do texto foi considerada uma conquista da diplomacia brasileira.

Outro destaque foi o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que reúne 148 membros fundadores, incluindo 82 países, a União Africana, a União Europeia, 24 organizações internacionais e diversas entidades filantrópicas. A iniciativa busca combater a fome e reduzir a pobreza por meio de projetos de grande escala e cooperação internacional.

O G20 em números

O G20 é composto por 19 países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Índia, China e Japão, além da União Europeia e da recém-incorporada União Africana. Juntos, os membros do grupo representam 85% da economia global, mais de 75% do comércio internacional e cerca de dois terços da população mundial.

A cúpula no Rio de Janeiro encerra a presidência brasileira do G20, que priorizou temas como a erradicação da fome, a reforma de instituições multilaterais e o enfrentamento às mudanças climáticas.