Durante visita ao Brasil para a Cúpula de Líderes do G20, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um apelo aos líderes globais para ampliar o acesso às vacinas contra o HPV e ao rastreamento do vírus. “Vamos tornar realidade a eliminação do câncer do colo do útero”, declarou em sua rede social X.
Tedros destacou a iluminação azul no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, como símbolo do apoio ao movimento global contra o HPV e o câncer cervical. “Esse é o único câncer que temos todas as ferramentas para eliminar”, enfatizou.
Situação no Brasil
Dados do Ministério da Saúde revelam que o câncer do colo do útero é o terceiro mais incidente entre mulheres no Brasil, com média anual de 17 mil casos e 6,5 mil mortes. Para enfrentar o problema, o governo adotou a estratégia de vacinação em escolas, alcançando um aumento de 42% na cobertura vacinal em 2023, comparado ao ano anterior.
Além disso, o Ministério incluiu novos grupos na vacinação, como vítimas de violência sexual e usuários de profilaxia pré-exposição (PrEP). Outro avanço é a incorporação da testagem molecular do HPV no Sistema Único de Saúde (SUS), com diretrizes sendo elaboradas para consulta pública.
Prevenção e tratamento
O câncer do colo do útero, causado por infecção persistente do HPV, é evitável. A vacinação é a medida mais eficaz, mas o uso de preservativos também reduz o risco de contágio. Exames preventivos permitem identificar lesões pré-cancerosas, com alta taxa de cura.
Pelo SUS, podem se vacinar contra o HPV:
- Adolescentes de 9 a 14 anos;
- Vítimas de abuso sexual;
- Pessoas vivendo com HIV, transplantados e pacientes oncológicos entre 9 e 45 anos.
A ação conjunta entre governos e a sociedade é essencial para transformar o objetivo de eliminar o câncer cervical em realidade.