NASA revela imagem de galáxias interagindo a 390 milhões de anos-luz

captadas pelo telescópio Hubble • NASA

 

 

Na última sexta-feira (15), a NASA divulgou uma impressionante imagem capturada pelo telescópio Hubble, mostrando um emaranhado cósmico fascinante: o sistema de galáxias MCG+05-31-045. Localizadas a 390 milhões de anos-luz da Terra, essas duas galáxias estão interagindo dentro do aglomerado de galáxias Coma, uma das maiores concentrações de galáxias conhecidas no universo.

A imagem revela o momento da interação galáctica, onde as forças gravitacionais das duas galáxias estão causando a fusão de seus gases e estrelas. Embora as estrelas de ambas as galáxias possam continuar em suas órbitas após o processo, seus gases estão sendo comprimidos, misturados e aquecidos, o que favorece a formação de novas estrelas. De acordo com a NASA, esse tipo de interação é comum no universo, e, em muitos casos, ela resulta na criação de novas estrelas em um processo dinâmico e complexo.

No entanto, essa formação de novas estrelas nem sempre é sustentável. Estrelas massivas e quentes, quando morrem, deixam para trás pouco gás para gerar novas gerações de estrelas. Esse fenômeno, que ocorre durante a fusão de galáxias, é uma das razões pelas quais as galáxias espirais do aglomerado Coma — que incluem MCG+05-31-045 — podem eventualmente dar origem a galáxias elípticas, mais envelhecidas e dominadas por estrelas vermelhas.

Os cientistas acreditam que esse será o destino de MCG+05-31-045. A galáxia espiral menor está sendo puxada pela galáxia maior, e essa fusão resultará em um aumento na formação de novas estrelas, embora elas venham a morrer rapidamente devido à falta de gás. O que restará, ao final do processo, será uma galáxia elíptica, com um perfil estelar envelhecido, dominado por estrelas vermelhas, mais frias e mais velhas.

O destino das galáxias em interação

Esse processo de fusão galáctica pode levar milhões de anos para ser completado. Embora pareça um evento cósmico distante, esse tipo de interação tem um grande impacto na evolução das galáxias ao longo do tempo, alterando sua forma e composição. As galáxias espirais, como MCG+05-31-045, podem eventualmente ser transformadas em galáxias elípticas, que são caracterizadas por um agrupamento mais denso de estrelas mais velhas e menos formação de novas estrelas.

Os astrônomos observam atentamente essas fusões, pois elas ajudam a entender os mecanismos que regem a formação e evolução das galáxias no universo. Através do Hubble, é possível capturar esses momentos raros, oferecendo aos cientistas informações valiosas sobre a dinâmica cósmica em escalas imensas.