China e Índia se destacam com grandes saltos no PIB global, refletindo mudanças no cenário econômico global ao longo de um quarto de século
Nos 25 anos de existência do G20, o fórum que reúne as principais economias do mundo, as transformações no ranking do Produto Interno Bruto (PIB) global são notáveis, especialmente entre os países emergentes. Desde a criação do grupo em 1999, a China e a Índia se destacam como exemplos de crescimento exponencial, subindo consideravelmente na classificação das maiores economias do planeta.
A China, com 1,411 bilhão de habitantes, é um dos maiores exemplos desse fenômeno, passando da sétima para a segunda posição no ranking global. Seu PIB, que atingiu US$ 17,79 trilhões em 2023, coloca o país apenas atrás dos Estados Unidos, com US$ 27,36 trilhões. A ascensão da China reflete, entre outros fatores, sua adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001 e o crescimento sustentado da sua economia, que, pela paridade de poder de compra, já é a maior do mundo.
A Índia, que ultrapassou a China em população em 2023, também apresentou um salto impressionante, subindo do 13º para o 5º lugar no ranking do PIB global, alcançando US$ 3,55 trilhões. A Índia, que presidiu o G20 em 2023, segue avançando, mas ainda enfrenta desafios econômicos, com uma grande parte de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza.
Além dessas duas grandes potências, outros países emergentes também se destacaram. A Rússia, por exemplo, subiu 11 posições no ranking, passando da 22ª para a 11ª maior economia. A Indonésia, com uma população de 277 milhões de pessoas, saltou da 30ª para a 16ª posição, consolidando-se como uma economia importante no cenário global. A Arábia Saudita, o terceiro maior produtor de petróleo do mundo, também experimentou crescimento, passando da 27ª para a 19ª posição.
No entanto, nem todos os países emergentes apresentaram crescimento. A África do Sul, que era a 28ª maior economia em 1999, caiu para o 40º lugar, sendo superada por economias como o Egito. A Argentina e o México, que fazem parte do G20 ao lado do Brasil, também recuaram no ranking, com a Argentina saindo da 17ª para a 22ª posição, e o México caindo da 10ª para a 12ª.
O Brasil, que chegou a figurar entre as sete maiores economias do mundo em determinado momento, passou da 9ª para a 11ª posição, refletindo as flutuações em sua economia ao longo dos anos. Em 2023, o Brasil manteve-se no grupo das 10 maiores economias, embora tenha enfrentado desafios internos e externos nos últimos anos.
A história do G20 e a evolução do ranking de PIB destacam o impacto crescente dos países emergentes no cenário econômico global, com destaque para a ascensão da China e da Índia. O G20 segue sendo um fórum importante para o debate e definição de políticas econômicas globais, refletindo as dinâmicas e desafios da economia internacional ao longo do tempo.