Casos de infecções respiratórias graves aumentam no Rio e Goiás

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Síndrome respiratória aguda grave também cresce em crianças de outros oito estados; idosos e grupos de risco devem manter vacinação em dia

 

 

 

Os estados do Rio de Janeiro e Goiás enfrentam um aumento significativo nos casos de infecções respiratórias graves em todas as faixas etárias, segundo o Boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Enquanto nas crianças e adolescentes os principais agentes causadores são os rinovírus, nos idosos a maior incidência está relacionada ao coronavírus SARS-CoV-2.

Além desses estados, outros oito apresentam crescimento nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), concentrados sobretudo entre crianças: Amazonas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Roraima.

Alerta para prevenção

Tatiana Portella, pesquisadora da Fiocruz, destaca a importância de medidas preventivas, especialmente para idosos e outros grupos de risco. “Manter a vacinação contra a covid-19 e a influenza em dia é fundamental para prevenir casos respiratórios graves. Em caso de sintomas, o uso de máscaras e a etiqueta respiratória são recomendados, como evitar tossir ou espirrar próximo a outras pessoas”, orienta.

Desde o início do ano, foram notificados 156.309 casos de SRAG no Brasil, dos quais 73.283 (46,9%) tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório.

Mortes e agentes causadores

Em relação às mortes por SRAG, foram registrados 9.544 óbitos em 2024. Entre os casos com resultado laboratorial positivo para vírus respiratórios, a covid-19 (SARS-CoV-2) representa 52% das mortes. Os demais agentes causadores incluem:

  • Influenza A: 28,2%
  • Rinovírus: 8,7%
  • Vírus Sincicial Respiratório (VSR): 8,5%
  • Influenza B: 1,8%

A Fiocruz reforça a necessidade de vigilância constante e adesão às estratégias de prevenção, especialmente em um momento de alta incidência de infecções respiratórias em diversas regiões do país.