Polícia Civil suspeita que ossos possam ser de uma das vítimas da tragédia de 2022, que deixou mais de 230 mortos
A Polícia Civil interditou, na tarde de quinta-feira (7), o local onde a prefeitura de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, realizava obras de contenção e drenagem na área 3 do Morro da Oficina. Durante as escavações, uma ossada humana foi descoberta, possivelmente de uma das vítimas do deslizamento de 2022, que provocou a morte de mais de 230 pessoas na região.
Seguindo os protocolos de segurança, as equipes das secretarias de Obras e Defesa Civil da prefeitura acionaram a Polícia Civil para realizar a perícia no local. O delegado responsável afirmou que a ossada pode pertencer a uma das pessoas ainda desaparecidas após a tragédia de fevereiro de 2022. Naquele mês, uma forte enxurrada atingiu o Morro da Oficina, provocando 233 mortes e deixando dois desaparecidos. Pouco mais de um mês depois, outro deslizamento de terra na região causou sete mortes adicionais, evidenciando a vulnerabilidade da área a fenômenos climáticos severos.
A ossada foi encaminhada ao Instituto Médico-Legal para exames de identificação genética, com o objetivo de determinar sua identidade e dar uma possível resposta às famílias que ainda aguardam notícias dos entes desaparecidos. A prefeitura disponibilizou a Secretaria de Assistência Social para oferecer apoio psicológico e social aos familiares.
Enquanto as investigações estão em andamento, as obras na área foram temporariamente suspensas e o local permanece isolado para a preservação das evidências. A descoberta reabre as feridas deixadas pela tragédia, trazendo esperança para a conclusão de uma das histórias que marcaram a maior catástrofe climática na história de Petrópolis.
