Governo lança programa econômico para atrair eleitorado evangélico

Foto: Ricardo Stuckert / PR

 

Iniciativas como o programa Acredita buscam reduzir resistências entre evangélicos, com foco em educação e economia

 

 

O governo federal está intensificando suas ações em educação e economia para conquistar o eleitorado evangélico, considerado essencial nas próximas eleições. O programa Acredita, lançado nesta sexta-feira (18) em São Paulo, é um dos principais esforços nessa direção. O programa oferece crédito a famílias vulneráveis inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e foi transformado em lei este mês, com o objetivo de melhorar a aceitação do governo entre os evangélicos e fortalecer candidaturas, como a de Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a prefeitura de São Paulo.

A estratégia foi apontada por fontes do Palácio do Planalto como um meio de dialogar diretamente com as necessidades desse público, que tem, em sua maioria, mulheres com renda entre um e três salários mínimos. A ideia é que projetos como o Acredita ofereçam perspectivas de ascensão econômica, principalmente para microempreendedores digitais e pequenos negócios, além de atender às preocupações com segurança, educação e renda.

A última pesquisa Genial/Quaest, de julho, indicou uma queda na avaliação negativa do governo entre evangélicos, que passou de 48% em março para 39% em julho. Para o governo, essa mudança reflete o impacto de ações como o aumento de escolas em tempo integral e a ampliação de programas educacionais, que garantem mais segurança e alimentação aos filhos de famílias evangélicas.

Outro movimento simbólico para conquistar esse eleitorado foi a sanção do Dia Nacional da Música Gospel, que, segundo interlocutores do presidente, gerou uma repercussão positiva. No evento, o deputado evangélico Otoni de Paula (MDB-RJ), que já apoiou Jair Bolsonaro, elogiou Lula e pediu uma aproximação mais aberta entre o presidente e o eleitorado evangélico.