O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira (14) que a sustentabilidade do crescimento econômico do Brasil depende diretamente da aprovação da reforma tributária pelo Congresso Nacional. As declarações foram dadas após uma reunião no Palácio do Planalto entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, e líderes do governo no Legislativo.
Reforma tributária é essencial para crescimento sustentável
Segundo Padilha, a aprovação e regulamentação da reforma tributária são fundamentais para consolidar o ciclo atual de crescimento econômico, marcado pela redução do desemprego e aumento da renda das famílias. Ele destacou que o Brasil não crescia acima de 3% por dois anos consecutivos há mais de uma década e que a expectativa é manter esse ritmo.
“Estamos confirmando cada vez mais a expectativa de crescer mais do que 3%. Além disso, chegamos à menor taxa de desemprego desde 2012. O ganho das famílias foi o maior aumento de renda desde aquele ano”, afirmou o ministro.
Padilha destacou que o governo pretende concluir a regulamentação da reforma ainda este ano, com o apoio dos presidentes da Câmara e do Senado. “Acreditamos que é um compromisso objetivo das presidências das duas casas legislativas, para que a reforma seja um legado para o Congresso e para o país”, completou.
Apagão em São Paulo: Lula cobra respostas
Além da reforma tributária, o ministro abordou o apagão que afetou cerca de 2,6 milhões de consumidores na região metropolitana de São Paulo desde a última sexta-feira (11). Padilha informou que o presidente Lula determinou que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) ofereça suporte aos consumidores e investigue possíveis falhas das autoridades locais e da concessionária Enel.
“O presidente Lula determinou que a Senacon dê todo apoio aos consumidores, reunindo informações sobre eventuais omissões dos governos locais e sobre o atendimento da concessionária”, explicou Padilha.
Segundo o ministro, o governo federal anunciará medidas investigativas ainda hoje para apurar irregularidades da concessionária e de servidores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ele criticou a resposta da Enel, que disponibilizou apenas 12 equipes para atender toda a região do ABC. “Isso é uma postura absurda”, concluiu.
A rápida reação do governo demonstra o empenho em garantir a proteção dos consumidores e responsabilizar possíveis falhas na prestação de serviços essenciais.