Estudo revela que compostos de carbono encontrados em asteroides podem ser convertidos em alimentos, utilizando bactérias como intermediárias, oferecendo uma solução inovadora para a nutrição em longas viagens espaciais
Um dos principais desafios enfrentados por astronautas em missões espaciais prolongadas é a garantia de uma nutrição adequada. Atualmente, as equipes utilizam alimentos desidratados, liofilizados e até cultivam folhas na Estação Espacial Internacional (ISS). Porém, uma nova pesquisa, publicada no The International Journal of Astrobiology, propõe uma alternativa promissora: o uso de asteroides como fonte de alimento.
De acordo com o estudo, os compostos de carbono presentes em asteroides poderiam ser convertidos em alimentos comestíveis por meio de bactérias. Utilizando um processo chamado pirólise, os pesquisadores conseguiram decompor hidrocarbonetos — substâncias encontradas em asteroides — e alimentaram bactérias que transformaram esses componentes em biomassa com potencial nutricional.
Estima-se que um asteroide como o Bennu poderia fornecer calorias suficientes para sustentar até 17 mil astronautas por um ano. A abordagem ainda requer avanços, mas traz uma nova perspectiva para a alimentação no espaço.