
Primeiro voo de resgate da Força Aérea parte nesta sexta-feira com 220 brasileiros a bordo; governo pretende repatriar até 500 pessoas por semana
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o ministro da Defesa, José Múcio, e o comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, anunciaram, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (3), os detalhes da operação de resgate de brasileiros no Líbano. Com os primeiros voos previstos para começar já nesta sexta-feira (4), o governo brasileiro busca repatriar seus cidadãos em meio à escalada de conflitos no país.
O primeiro avião da Força Aérea Brasileira, um KC-30, decola de Lisboa, Portugal, com destino a Beirute, capital libanesa. A chegada está prevista para as 10h (horário de Brasília) e 16h no horário local. Após o embarque de 220 passageiros, o avião retorna a Lisboa, de onde seguirá para São Paulo, com chegada estimada para as 8h de sábado (5). O objetivo do governo é repatriar cerca de 500 pessoas por semana, dando prioridade a idosos, mulheres, crianças e indivíduos com necessidades médicas.
Operação de repatriação e alternativas de rota
Durante a coletiva, o chanceler Mauro Vieira destacou que o Brasil já conduziu uma operação semelhante entre outubro de 2023 e o início deste ano, quando 1.600 brasileiros foram repatriados da Palestina, Faixa de Gaza e Israel. “Estamos repetindo o que fizemos anteriormente. A operação foi muito bem-sucedida”, afirmou Vieira.
O governo brasileiro está avaliando diversas alternativas de rota para garantir a segurança da operação, incluindo a possibilidade de usar uma base russa na Síria. O ministro da Defesa, José Múcio, reforçou que a segurança das rotas será uma prioridade, dado o cenário volátil na região.
Atualmente, cerca de 20 mil brasileiros vivem no Líbano, país que se tornou alvo de ataques israelenses nos últimos dias devido aos conflitos com o grupo Hezbollah. O Brasil se junta a outros países que já enviaram aeronaves de resgate para repatriar seus cidadãos do território libanês, sendo o sétimo a obter autorização para pouso.
A operação é uma resposta rápida do governo brasileiro para garantir a segurança dos seus cidadãos no exterior, conforme os conflitos no Oriente Médio seguem em escalada.