A Proto, empresa americana, desenvolveu uma caixa que transmite vídeos tridimensionais em tamanho real, utilizada por grandes empresas e instituições de ensino para uma experiência de comunicação mais envolvente
A startup americana Proto, autointitulada como a “primeira plataforma de comunicação holográfica” do mundo, está transformando a forma como empresas e instituições interagem. A empresa criou uma caixa que pesa mais de 180 quilos e é capaz de transmitir vídeos “3D” em tamanho real, dando a ilusão de tridimensionalidade por meio de efeitos gráficos avançados. O dispositivo já está sendo utilizado em universidades, hotéis e centros médicos ao redor do mundo.
Embora as imagens não sejam tecnicamente hologramas, a adição de sombras e reflexos cria uma experiência imersiva, enganando o cérebro ao ponto de parecer que há uma pessoa dentro da caixa. “Acabamos de transportar William Shatner de Los Angeles para Orlando, Flórida, para participar de uma convenção na qual ele não pôde estar fisicamente”, exemplificou David Nussbaum, fundador e CEO da Proto.
Mercado crescente e inovação tecnológica
Fundada em 2018, a Proto já vendeu quase mil unidades de suas caixas, que estão disponíveis em dois modelos principais: o Proto Epic e o Proto Luma, com preços que variam entre US$ 29.000 e US$ 65.000 (R$ 158.000 a R$ 35.400). A empresa também oferece uma versão de mesa, o Proto M, por US$ 5.900 (R$ 32.100), além da opção de aluguel por US$ 2.500 (R$ 13.600) mensais.
A tecnologia é amplamente utilizada por grandes empresas, como Amazon, Verizon, Siemens e Walmart, além de universidades como o MIT e Stanford. Recentemente, a Proto estabeleceu parcerias com centros médicos, como o West Cancer Center, permitindo que médicos façam consultas holográficas com pacientes em áreas remotas, melhorando significativamente a experiência de telemedicina.
“A imagem tridimensional em tamanho real realmente envolve o paciente na visita, permitindo que ele dê e receba comunicação tão efetivamente quanto se eu pudesse tocá-lo”, afirmou o médico W. Clay Jackson, professor de medicina da Universidade do Tennessee.
Futuro promissor para o uso doméstico
Nussbaum acredita que, em breve, versões menores da Proto poderão estar disponíveis para uso residencial, com preços abaixo de US$ 1.000 (cerca de R$ 5.400). Segundo ele, a tecnologia permite uma conexão mais autêntica e envolvente do que as videochamadas tradicionais. “Você pode se comunicar, mas não pode se conectar”, disse Nussbaum, explicando como usa o dispositivo para conectar seus filhos em Los Angeles com os avós em Nova Jersey.
A tecnologia da Proto oferece um vislumbre de um futuro em que a comunicação holográfica pode se tornar comum, tanto para fins profissionais quanto pessoais, transformando a forma como as pessoas interagem a distância.