Influenciada por vencimentos de títulos, a Dívida Pública teve uma redução de 1,46%, conforme relatório do Tesouro Nacional
A Dívida Pública Federal (DPF) encerrou o mês de agosto em R$ 7,035 trilhões, uma queda de 1,46% em relação a julho, quando o valor era de R$ 7,139 trilhões. O recuo foi influenciado principalmente pelo vencimento de títulos vinculados à inflação. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Tesouro Nacional, após um atraso causado pela greve dos servidores.
Apesar da queda, a dívida permanece dentro das expectativas estabelecidas pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que prevê que o estoque da DPF deve encerrar 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões. No mercado interno, a Dívida Pública Mobiliária (DPMFi) caiu para R$ 6,716 trilhões, impulsionada pelos resgates de títulos corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O relatório também destaca o aumento de emissões de títulos atrelados à Taxa Selic, que compensaram parcialmente os resgates. No mercado externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) apresentou uma leve alta de 0,48%, atingindo R$ 319,17 bilhões.
A publicação foi parcial devido à greve, deixando de divulgar dados sobre o colchão da dívida e a composição dos detentores dos títulos. Em julho, o colchão de liquidez, uma reserva financeira para emergências, era suficiente para cobrir 8,2 meses de vencimentos.
Com a queda dos títulos atrelados à inflação e o aumento das emissões corrigidas pela Selic, a DPF segue dentro das metas estabelecidas para o ano, com um prazo médio de 4,11 anos para o refinanciamento.