
Fenômeno, que forma o “anel de fogo”, será visível em parte das regiões Sudeste, Centro-Oeste e toda a região Sul do país.
Na próxima quarta-feira, 2 de outubro, um eclipse anular do Sol poderá ser observado por moradores de algumas regiões do Brasil, principalmente no Sul, além de partes das regiões Sudeste e Centro-Oeste. O evento astronômico acontece quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol, mas não o cobre totalmente, formando o impressionante “anel de fogo” no céu.
A visão completa do eclipse anular será restrita a uma estreita faixa que passa pelos oceanos Pacífico e Atlântico, além do extremo sul da América do Sul, incluindo o Chile e a Argentina. No Brasil, o eclipse será visto de forma parcial. “Quanto mais ao sul, maior será a área eclipsada”, explicou a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional (ON).
Esse tipo de eclipse ocorre quando a Lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra, o que faz com que o satélite pareça menor do que o Sol. Isso cria o efeito visual único do “anel de fogo”. De acordo com a astrônoma, a frequência média dos eclipses solares é de duas vezes por ano, podendo ser anulares, totais ou parciais.
Para quem deseja observar o fenômeno, a recomendação é procurar locais com vista desimpedida para o oeste, pois o eclipse ocorrerá próximo ao pôr do sol. No Rio de Janeiro, por exemplo, o eclipse parcial começará às 17h01, atingirá o máximo às 17h42, e o Sol se porá logo em seguida, às 17h52.
É essencial utilizar proteção adequada ao observar o eclipse. “Óculos escuros comuns, chapas de raio-X ou filtros caseiros não são seguros. É preciso usar óculos especiais para observação solar ou vidros de soldador número 14”, alertou Josina Nascimento.
Para aqueles que não conseguirem acompanhar o eclipse ao vivo, o Observatório Nacional fará a transmissão ao vivo em seu canal no YouTube, em parceria com o Projeto Céu em sua Casa e a organização internacional Time And Date, especializada em fenômenos astronômicos.