Denúncias de assédio eleitoral quadruplicam no primeiro turno das eleições municipais

© Fernando Frazão/Agência Brasil

 

Campanha de 2024 já registra 319 acusações de assédio, mais de quatro vezes o número de 2022

 

 

A campanha eleitoral para prefeitos e vereadores deste ano já acumula 319 denúncias de assédio eleitoral até esta quinta-feira (19), segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT). Esse número é mais de quatro vezes maior que o registrado no primeiro turno das eleições gerais de 2022, quando foram relatados 68 casos.

Das 319 denúncias, 265 são de ocorrências individuais, ou seja, sem repetição da queixa. Apesar do aumento expressivo, o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, não acredita que o total das eleições municipais de 2024 supere as 3.606 denúncias recebidas ao final das eleições gerais de 2022. “A polarização não está aumentando, então a tendência é que o segundo turno não tenha o mesmo volume de casos do ano passado”, explicou Pereira.

O assédio eleitoral ocorre quando há coação, ameaça ou intimidação para influenciar o voto de trabalhadores em seu ambiente de trabalho. Até o momento, os estados com mais denúncias são Bahia (45), São Paulo (40), Paraíba (22), Goiás (20) e Minas Gerais (19). Casos emblemáticos foram registrados em empresas e até prefeituras.

As denúncias podem ser feitas pelo site do MPT, e os responsáveis podem responder por crime eleitoral, além de serem multados e obrigados a retratação.