
Novo Boletim InfoGripe da Fiocruz destaca crescimento de SRAG por rinovírus e alerta sobre a importância da vacinação
O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (12), revela um aumento preocupante nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionados à covid-19 em vários estados brasileiros. Além de Goiás e São Paulo, que já haviam sido identificados na semana passada, os estados de Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e o Distrito Federal também registram crescimento nos casos.
A análise da Fiocruz aponta ainda para uma persistência de casos de SRAG causados por rinovírus em muitos estados das regiões Nordeste e Centro-Sul, com destaque para o Amapá, onde a maioria dos casos graves ocorre em crianças e adolescentes com até 14 anos de idade.
A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz, Tatiana Portella, alerta para a alta movimentação de pessoas entre São Paulo e outras regiões do país, que pode continuar a propagar o Sars-CoV-2 (Covid-19) e contribuir para o aumento de casos em outros estados. Portella reforça a importância de que todos os indivíduos nos grupos de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidades, estejam atualizados com a vacinação contra a covid-19.
Além disso, Portella recomenda que, com a proximidade das campanhas de vacinação contra a influenza na Região Norte, é crucial que as pessoas elegíveis também estejam em dia com essa vacina.
O boletim também apresenta dados recentes sobre a prevalência de vírus respiratórios. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 14,4% para influenza A; 3,2% para influenza B; 9% para vírus sincicial respiratório (VSR); 34,7% para rinovírus; e 32% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a prevalência foi de 25,4% para influenza A; 4,1% para influenza B; 3,7% para VSR; 9,8% para rinovírus; e 50,2% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Em face desse cenário, Portella recomenda o uso de máscaras em locais fechados com alta aglomeração e baixa ventilação, bem como o isolamento em casa ao surgirem sintomas. Caso o isolamento não seja possível, a orientação é utilizar uma boa máscara ao sair de casa para minimizar a transmissão do vírus.
A Fiocruz continua monitorando a situação e reforça a importância de medidas preventivas e vacinação para controlar a propagação dos vírus respiratórios.