A Petrobras revelou nesta quinta-feira (29) um significativo investimento de R$ 500 milhões para a aquisição de cinco novos supercomputadores, como parte de sua estratégia para manter a liderança em capacidade computacional no mercado. A empresa, que se destaca há quatro anos como líder na América Latina no ranking Top500.org, voltado para a avaliação dos maiores High Performance Computers (HPCs) do mundo, está renovando seu parque tecnológico para garantir sua posição de vanguarda.
Um dos supercomputadores adquiridos terá um custo de R$ 435 milhões e uma capacidade de processamento equivalente a aproximadamente 10 milhões de celulares e 200 mil notebooks. Esse investimento não só reforçará a liderança da Petrobras em termos de capacidade computacional, mas também em ecoeficiência. As novas máquinas começarão a ser montadas ainda este ano e devem estar operacionais em 2025.
Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras, destacou a importância estratégica da compra. “A aquisição dos novos supercomputadores é crucial para manter a Petrobras na vanguarda tecnológica do setor de óleo e gás, especialmente em relação ao imageamento sísmico em subsuperfície,” afirmou. Ela acrescentou que a atualização permitirá à companhia expandir seus projetos de processamento sísmico com tecnologias de ponta.
Os novos HPCs serão utilizados para processar dados sísmicos brutos e criar imagens detalhadas do subsolo, funcionando como mapas 3D das camadas rochosas abaixo da superfície. Esses dados são fundamentais para identificar possíveis reservatórios de petróleo e gás com maior precisão. Anjos acredita que essa renovação permitirá resultados mais rápidos e precisos, particularmente para operações em águas ultraprofundas e áreas exploratórias como o pré-sal e a Margem Equatorial.
Clarice Coppetti, diretora de Assuntos Corporativos, complementou que a capacidade ampliada para gerar imagens detalhadas contribuirá para a identificação mais precisa de áreas potenciais, além de reduzir o risco exploratório e refinar a simulação do comportamento dos reservatórios. “Manter-se entre as maiores capacidades computacionais da indústria é essencial para a Petrobras competir globalmente, atrair parcerias e explorar novas oportunidades de negócios,” afirmou.
A atualização dos supercomputadores é parte do Plano Estratégico 2024-28 da empresa e inclui um HPC com cerca de 50 toneladas e 50 metros de comprimento, e uma capacidade de 73 PFlops (Petaflops), sendo um Petaflop equivalente a 1 quatrilhão de operações por segundo. Este novo supercomputador substituirá os antigos Fênix, Atlas e Dragão.
Além do desempenho computacional, a sustentabilidade foi uma prioridade no projeto. O novo supercomputador será o mais ecoeficiente da América Latina, com um consumo energético otimizado desde o desenho até a instalação. Os cinco supercomputadores foram adquiridos da Lenovo, vencedora da licitação.
