G20 debate financiamento para redução do risco de desastres

© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

 

Ministro da Integração Defende Taxação de Grandes Fortunas para Investir em Infraestrutura Resiliente e Alertas Precoces

 

 

O primeiro encontro presencial do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres (GTRRD) do G20, realizado nesta segunda-feira (29) no Rio de Janeiro, abordou a importância de financiamento, especialmente em infraestrutura resiliente e alertas precoces. Uma das propostas discutidas foi a destinação de parte dos recursos arrecadados com a implementação do imposto sobre grandes fortunas para auxiliar na redução do risco de desastres.

Durante a cerimônia de abertura, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, enfatizou a necessidade de recursos para ações de proteção e defesa civil, especialmente em recuperação e prevenção. “Nós fazemos coro para taxar as grandes fortunas, os mais ricos no mundo inteiro, e destinar parte dos recursos para essa agenda”, afirmou o ministro.

Góes destacou a urgência do tema diante dos desafios globais atuais, relacionados aos eventos adversos das mudanças climáticas. Ele ressaltou que o grupo, coordenado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) com apoio do Ministério das Cidades, demanda uma cooperação internacional articulada e efetiva.

O ministro também informou que o Brasil possui mais de 10 milhões de pessoas vivendo em áreas de risco elevado, como zonas de deslizamentos, tornando o combate às desigualdades e a redução das vulnerabilidades uma prioridade do grupo. “Sem olhar para essas pessoas não vamos ser efetivos na promoção da redução do risco de desastres. Abordar a desigualdade e a vulnerabilidade está no centro da redução do risco de catástrofes”, afirmou.

Desde 1º de dezembro de 2023, o Brasil assumiu pela primeira vez a presidência do G20, colocando na pauta prioridades como a reforma da governança global, as dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e o combate à fome, pobreza e desigualdade. O G20 inclui 19 países dos cinco continentes e dois órgãos regionais (União Europeia e União Africana), representando dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.